sábado, 8 de dezembro de 2007

Lembrar, lembrar...



Lembrar, lembrar...

Olha só quem está acordando.
É bom abrir os olhos pela primeira vez, não é?
Ver tudo que nunca viu... sentir o que você sempre achou que sentiu.

Sim!
Tudo aquilo era uma fantasia.
Não me chame de mentiroso meu caro amigo. Entendo como deve estar confuso.

Depois de tantas brigas, tantas lágrimas.
Vamos lembrar de tudo?

Começaremos por sua infância.
Há claro que você se lembra não é?
Dia e noite seus pais brigando, por coisas tolas que nem crianças criariam tumultuo.
E você querendo acreditar que eles apenas estavam conversando, e assim foi até você aceitar que eles não se davam bem.

Horrível não acha?
Você também se lembra daquele noite, que acordou assustado com um grito.
O medo tomou conta de você.
E veio um silêncio...
Sim, aquele silêncio que ti deixou angustiado, querendo saber se estava tudo bem.

Interessante como aquele dia você não fez nenhum barulho para levantar daquela sua cama velha.
E ao se rastejar para a porta viu sua mãe. Sim lá estava ela, aos prantos, com as mãos no rosto, deitada ao chão... uma visão um tanto que perturbadora para uma criança.
E seu pai em pé ao lado dela, com a cabeça baixa, e uma tal escuridão em sua face que não se via os olhos, apenas algumas lágrimas escorrendo do rosto.

Você assustado, como qualquer criança, correu para sua cama e foi dormir com aquela imagem em sua cabeça.
E ao acordar você queria saber se aquilo foi real, se não era apenas um sonho ruim.
Ao chegar a mesa do café da manhã viu aquela família feliz e animada de toda manhã.
Mas sua mãe não estava muito bem, estava?
Sim ela estava com um leve hematoma no rosto, e seu pai também forçava um sorriso para disfarçar a confusão da noite passada.

Confesse, você sempre lembra daquele cena.
Acalme-se daqui a pouco vai entender porque estou lembrando tudo isso.
Espere um pouco querido amigo, por quê quer ir embora?
Não agüenta pensar em suas tristes lembranças?

Como assim? Como ousa gritar comigo?
Não quer lembrar de tudo isso?
Há me poupe!
Sentasse e não me venha com atitudes infantis nessa momento.

Agora que se acalmou, já percebeu esses copos que estão a sua volta?
Copos que antes não continham bebidas e sim tristezas...lágrimas.

Vamos continuar com seu passado,mas não tão distante. Vamos para a sua adolescência.
Sim, você acabava de ir para a oitava série, toda aquela euforia para a formatura, ir para o colegial.
Você se lembra o que apareceu na sua frente no primeiro dia de aula daquele ano?

Sim, você se lembra. Como poderia se esquecer de algo tão belo e triste?
Lá estava ela, com seus cabelos loiros e um sorriso animado, de um jeito que só ela sabia fazer. Você claro não conseguiu parar de olhar quando ela se sentou na carteira ao lado.
E como poderia esquecer aquele perfume doce e provocante que ela usava?

Você admirava aqueles olhos como se fosse as mais lindas obras de arte que já presenciou.
E com um movimento inesperado ela olhou para você, com um certo ar de curiosidade.
Começaram a conversar, descobriu que o nome dela era 'cicrana', e que tinha que mudado para a cidade nesse ano, que era amiga de 'beltrano'.
Descobriu que ela adora arte, desenhar. E logo percebeu que aquela menina havia te encantado de uma tal maneira desconhecida.

continua...

4 comentários:

Anônimo disse...

Como eu já disse ao Dih: muito bem escrita.
É realmente um fanfic diferente, no qual o mistério nos prende a ela e que desperta atenções o.o

bom, sou uma péssima crítica. u_u'
mas eu gostei. mesmo. XD

DiH disse...

Eu acho que vai ter um teor macabro ai =B

sdhudsahudas xD

mt bom, Pah o/

Anônimo disse...

Pau, tipo amei

cara, voce escreve muito bem.
sabe quando voce fica imaginando cada palavra do que esta escrito como se fosse real? como se fosse com voce? foi assim que eu li :D

parabens! voce é a nova JK Rowling xD

Anônimo disse...

Paaaulo, caramba, mandou super bem.. adorei viu?
Parabéns!